O eixo formado pelos centros urbanos do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Campinas, em face da expressão populacional e econômica de sua área de influência, representada na figura 1, define o mais importante corredor de transporte do país, que concentra 33% do Produto Interno Bruto e 20% da população.
Um exemplo do potencial desse corredor, em termos socioeconômico, pode ser demonstrado pela significância dos dados relativos às regiões que compõem a sua área de influência, conforme tabela 1.
A situação atual do sistema de transporte nesse corredor apresenta disfunções decorrentes, principalmente, de desequilíbrios em sua repartição modal, com focos de esgotamento de capacidade em sua rede, inclusive em rodovias e nos serviços aéreos (no que se refere aos terminais e ao uso do espaço aéreo).
Uma demanda de transporte associada a desequilíbrios na sua distribuição modal produz níveis elevados de saturação em algumas modalidades, o que tende a se agravar com o esperado incremento das atividades econômicas de sua área de influência.
Desta forma, faz parte da estratégica do governo brasileiro, para aceleração do crescimento da economia, desenvolver um serviço de transporte ferroviário de passageiros de qualidade, tendo por base a implantação de uma linha ferroviária de alta velocidade no eixo Rio de Janeiro – São Paulo – Campinas, em complementação ao transporte rodoviário e aéreo, alinhando-se com as soluções tecnológicas adotadas nos principais países da Europa e Ásia.
Tal projeto, considerando a tecnologia de diversos fabricantes internacionais, prevê um traçado de linhas exclusivas, de modo a permitir o seu desenvolvimento no futuro, além de maximizar a velocidade de operação e garantir um alto desempenho em termos de regularidade, confiabilidade, pontualidade e conforto para os passageiros.
Para o desenvolvimento dos estudos de traçado realizados foram estabelecidas as seguintes premissas para o projeto de implantação do TAV Brasil: